“Acordo, abro os olhos lentamente”

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Foto GRI. Texto colado no vidro de uma loja fechada no Largo da Maternidade, Porto. Referência: https://www.facebook.com/pqfalam.

Transcrição:

Acordo, abro os olhos lentamente, sem ver, apenas sombras coloridas. Sinto que estás por perto, o teu perfume enche o quarto. Continuo sem me mexer, a dor passou com o tempo e com a tua companhia. Conversamos agradavelmente sobre o tempo e o mundo.
Lentamente dizes-me o teu nome, do que gostas, de certa forma quem és.
De conversa em conversa, como se fossem saltos no trapézio, partilhamos alegremente os nossos dias.
Quem és tu mulher desconhecida?
Quem és tu que me alegras os dias?
Mesmo sem te ver o rosto, sou seduzido pela tua voz e pelo riso. Contigo sinto [que] estou lá no alto de salto em salto como se voasse.
Quando o corpo me deixar, roubo-te um beijo, sem rede, sem medo, um beijo intenso!
O coração bate de peito em peito, sem ninguém saber, só nós, nesta fantasia que só alguns compreendem.
6/7 fb.com/pqfalam